COMO OS ADITIVOS PODEM SER USADOS PARA PRODUZIR BLOCOS E PAVERS DE EXCELENTE QUALIDADE?

COMO OS ADITIVOS PODEM SER USADOS PARA PRODUZIR BLOCOS E PAVERS DE EXCELENTE QUALIDADE?

COMO OS ADITIVOS PODEM SER USADOS PARA PRODUZIR BLOCOS E PAVERS DE EXCELENTE QUALIDADE?

Em relação aos aditivos você verá que:

  • O uso de aditivos traz vantagens. A relação custo\benefício é sempre positiva
  • Qual o tipo adequado de aditivo para uso em concreto seco?
  • Como é calculada a quantidade de aditivo

 


 

A discussão sobre o uso de aditivos é muito comum nos grupos de WhatsApp focados na produção de materiais vibroprensados. Os argumentos a favor e contra são os mais diversos.  

Os aditivos melhoram as características do concreto

Os aditivos são incorporados à mistura para proporcionar características especiais ao concreto. Essas substâncias alteram as propriedades do material no estado fresco (logo que produzida) e, consequentemente, no estado endurecido, sendo aplicadas para maximizar as qualidades e minimizar as desvantagens.

Os aditivos, em geral, agem sobre as partículas de cimento, embora não entrem em reação com elas. Podem acelerar ou retardar a hidratação do cimento, acelerar ou retardar a  evolução das resistências ou, no caso do concreto seco, melhorar a coesão da massa e facilitar a moldagem da peça.

Cerca de 80 a 90% de todo concreto produzido no mundo utiliza algum tipo de aditivo. E isso não seria diferente com o concreto para blocos e pavers. 

Os incorporadores de ar são os aditivos indicados para o concreto seco

O tipo de aditivo adequado para o concreto para blocos e pavers é um “INCORPORADOR DE AR”, ele também é conhecido como tensoativo. Devido ao baixo teor de umidade, o concreto seco tem dificuldade para ser moldado. O aditivo produz microbolhas  isoladas que se espalham uniformemente pela massa e facilitam o deslizamento dos agregados e a moldagem.

Normalmente o teor de cimento no concreto seco é baixo, o que diminui a formação de argamassa. A formação das microbolhas facilita não somente a moldagem, melhorando o deslizamento da massa na forma, mas auxilia na manutenção da integridade durante a desforma e transporte.

Um dos maiores impedimentos para o uso de aditivos é o  pensamento de que “é muito caro”. Isso é uma meia verdade!

Não se pode desprezar, evidentemente, os casos em que os fornecedores estão muito distantes e o frete se torna elevado. Contudo, se a conta for feita corretamente, é possível verificar que a relação custo/benefício é positiva.  Basta considerar, por exemplo, a diminuição do número de peças que não vão desmanchar logo após a moldagem. 

A quantidade de aditivo é calculada em função do cimento utilizado na mistura e varia geralmente de 0,2 a 1,2% da massa de cimento, dependendo da formulação do fabricante do aditivo.

Dê preferência para aditivos que já estão prontos para uso

De preferência utilize as formulações que já estão prontas para uso, sem necessidade de fazer a sua diluição. Nestes casos deve-se ter o cuidado de agitar as barricas que transportam o aditivo, para manter a homogeneidade da solução e evitar a decantação dos sólidos.

Se você não possui um sistema automático para dispensar o aditivo na massa, faça o seguinte: dilua o aditivo em um volume de água 10 vezes maior que a quantidade de aditivo e depois espalhe por toda a massa. Você vai perceber a diferença. Só não esqueça de descontar da quantidade total de água a parcela que você utilizou na dispersão do aditivo. 

Para aumentar a eficiência dos incorporadores de ar, trabalhe sempre com misturadores de alta eficiência.

Existem diversos fabricantes de aditivos espalhados pelo Brasil. Você precisa localizar o fornecedor mais próximo e testar o produto, para ver se ele é compatível com o tipo de cimento que você utiliza.


Muito bem. Agora você não tem desculpa para não utilizar aditivos. Aproveite estas dicas e melhore a sua produção.

 


Esse artigo é uma contribuição do Professor  Julio C. Filla para o blog da WM Máquinas. Instagram: @julio_filla | Linkedin | Whatsapp: (43) 99966-1966

Sobre o autor

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Ele iniciou sua formação acadêmica em 1984 com Bacharelado e Licenciatura em Ciências Biológicas, seguido por Engenharia Civil em 1987. Com vasta experiência em vendas técnicas na Cimento Cauê por 10 anos, também ministrou cursos e palestras em concreto. Possui pós-graduações em Marketing e Gestão da Qualidade. Na Plaenge Empreendimentos, atuou na área comercial. Hoje, é consultor em concreto e docente na UNIFIL, promovendo integração entre academia e mercado. Concluiu mestrado em Engenharia em 2011.

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