VOCÊ PRECISA ENTENDER ESTE GRÁFICO PARA SABER COMO OS PAVERS E BLOCOS GANHAM RESISTÊNCIA MECÂNICA

VOCÊ PRECISA ENTENDER ESTE GRÁFICO PARA SABER COMO OS PAVERS E BLOCOS GANHAM RESISTÊNCIA MECÂNICA

VOCÊ PRECISA ENTENDER ESTE GRÁFICO PARA SABER COMO OS PAVERS E BLOCOS GANHAM RESISTÊNCIA MECÂNICA

Este artigo vai falar sobre:

  • As diferenças de comportamento do concreto seco e do concreto plástico em relação ao teor de água na mistura
  • Por que o concreto seco se comporta diferente do concreto plástico
  • A relação entre o teor de água e o tipo de equipamento de vibrocompressão

Você não precisa ser um “expert” em matemática para perceber o que este gráfico significa. Use o seu bom senso…

O concreto para pavers ganha resistência de modo diferente do concreto comum

A primeira coisa que você pode perceber, ao observar este gráfico, é que o aumento da resistência, em relação à adição de água, do concreto para blocos e pavers não segue a mesma lei que os concretos plásticos utilizados nas estruturas comuns que você conhece.

É possível deduzir isso devido ao formato da curva. No caso do concreto seco, à medida que o teor de umidade aumenta, a resistência também aumenta (a curva sobe).

No caso do concreto plástico é o contrário: quanto mais água menor a resistência (a curva desce).

De novo: quanto mais água você consegue incorporar ao concreto seco, até um certo limite, maior será a sua resistência.

Com os concretos plásticos ocorre o oposto. Quanto mais água menor a sua resistência.

Enxergou isso? Ótimo, é o ponto mais importante até aqui.

Por que o concreto seco se comporta de modo diferente?

Por que o concreto seco se comporta assim? Tem uma explicação para isso. Sim, e é simples. Além da água para molhar (hidratar) o cimento e permitir que aconteçam as reações químicas, é necessário um pouco mais para tornar o concreto moldável. A água atua como O concreto seco possui muitos vazios. Quando há água em excesso, ela ocupa estes vazios. No momento da moldagem, ao ser aplicada a compressão, a água, que é incompressível, reage contra as paredes dos vazios, impedindo que eles se fechem. Quando peça perde esta água, após a cura, por evaporação, ficam os vazios. Quanto maior a quantidade de vazios, menor a resistência.

Quanto maior a capacidade de prensagem, mais seca pode ser a mistura sem prejudicar o “empacotamento”

Aqui é preciso fazer uma referência à capacidade de compactação das vibroprensas. Quanto maior for a força aplicada, menor a quantidade de água extra será necessária para moldar a peça.

O raciocínio ao contrário também é válido. Quanto menor for a capacidade de prensagem do equipamento, maior será a quantidade de água necessária, maior a quantidade de cimento e mais cara fica a mistura.

Para evitar que o concreto seco ultrapasse a quantidade ideal de água, são aplicados os aditivos incorporadores de ar, que complementam a “lubrificação” necessária para permitir um melhor “empacotamento” das partículas.

O “empacotamento” é um conceito muito importante e está relacionado com a capacidade que um determinado conjunto de grãos possui de se organizar do modo mais denso possível, ou seja, com a menor quantidade de vazios.

Percebeu que quando se fala em resistência do concreto, e consequentemente de blocos e pavers, é necessário considerar todos os componentes do concreto em conjunto? Esse é o grande segredo de todo concreto. Escolher os melhores agregados, combiná-los adequadamente, dentro de um determinado traço e ajustar o teor de umidade em função do equipamento disponível.

Bem, espero que este artigo tenha melhorado a sua compreensão sobre a resistência do concreto seco. Tire bom proveito desta informação.


Caso queira se aprofundar no assunto, temos um e-book gratuito disponível que apresenta em detalhes a relação do equipamento com a fase em que se encontra o seu empreendimento e também traz as principais características técnicas dos equipamentos da WM/GERVASI.


Esse artigo é uma contribuição do Professor Julio C. Filla para o blog da WM Máquinas. Instagram: @julio_filla | Linkedin | Whatsapp: (43) 99966-1966

Sobre o autor

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Ele iniciou sua formação acadêmica em 1984 com Bacharelado e Licenciatura em Ciências Biológicas, seguido por Engenharia Civil em 1987. Com vasta experiência em vendas técnicas na Cimento Cauê por 10 anos, também ministrou cursos e palestras em concreto. Possui pós-graduações em Marketing e Gestão da Qualidade. Na Plaenge Empreendimentos, atuou na área comercial. Hoje, é consultor em concreto e docente na UNIFIL, promovendo integração entre academia e mercado. Concluiu mestrado em Engenharia em 2011.

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